sexta-feira, 14 de maio de 2010

Razão x Amor

Em algumas ocasiões coloquei no meu Orkut a seguinte frase de Pierre Corneille (dramaturgo francês): “A razão e o amor são inimigos jurados” e todas as vezes que fiz, recebi diversas mensagens concordando. Resolvi então pensar mais sobre o assunto.

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Vamos as definições conforme o amigo Aurélio:

amor:

s.m. Afeição viva por alguém ou por alguma coisa: o amor a Deus, ao próximo, à pátria, à liberdade. / Sentimento apaixonado por pessoa do outro sexo: as mulheres inspiram amor. / Inclinação ditada pelas leis da natureza: amor materno, filial. / Paixão, gosto vivo por alguma coisa: amor das artes. / Pessoa amada: coragem, meu amor! / Zelo, dedicação: trabalhar com amor. // Amor platônico, amor isento de desejo sexual. // Por amor de, por causa de. // Pelo amor de Deus, expressão que dá ênfase a um pedido: não faça isso, pelo amor de Deus!

razão:

s.f. Mente ou uma função usada para pensar. &151; Por exemplo, pedimos a alguém que use sua razão e não suas emoções. / Prova para uma crença, opinião ou juízo. &151; Exemplificando, exigimos a razão para que uma pessoa creia que alguém é um ladrão. / Faculdade que permite o processo para se chegar a uma decisão ou conclusão, o raciocínio. &151; Como exemplo, dizemos que o júri estava raciocinando corretamente quando decidiu que o réu era culpado.

Tema complicadíssimo! Começando pelo “o que é o amor?”. O Dicionário explica o que é palavra, mas não consegue exprimir suas causas, seu efeitos e suas características. Se eu perguntar para várias pessoas, cada uma terá uma resposta diferente.

No meu conceito, existe uma razão por trás do amor, complexa, cheia de variáveis, mas existe. Primeiro que ele tem uma porta de entrada chamada paixão, baseada em primeiras impressões, isto é, fisionomia, cheiros, carisma, jeitos e etc. Com o tempo, isso pode, ou não, migrar para o amor, um sentimento mais profundo onde a pessoa se doa a outra, divide alegrias e tristezas, aceita diferenças, traçam juntos objetivos e tais.

Agora, como se dá essa migração? Esse início do amor? Tem como racionalizar isso?! Claro que tem, mas dentro dessa racionalidade existe a variável emocional, existe o desejo. Na maioria das pessoas, essa variável tem muito peso e é colocada acima de tudo mais, servindo até de justificativa para cometer loucuras.raz_o_e_cora_o

Dar muito peso ao sentimento, faz com que diferenças sejam negadas, diferenças que mais tarde vão abalar suas emoções e causar danos grandes ao amor. Deve-se sim ponderar mais aspectos para firmar uma relação de forma que não se construa um amor auto destrutivo.

O amor é racional, mas é uma racionalidade com probabilidade múltiplas. Suas variáveis oscilam e precisam de uma base forte pra não se destruir. Não há fórmula, mas existem precauções, tome-as e evite sofrimentos futuros.

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Amor e razão não são inimigos jurados, pelo contrário, a razão pode salvar o amor!

“Há sempre alguma loucura no amor, mas há sempre um pouco de razão na loucura” Nietzsche

Pra não perder o costume, segue um videozinho (ver após 3,5 minutos) e desculpe se não me fiz entender muito bem. É difícil expor exatamente o que penso.

Luiz Felipe Pondé

2 comentários:

Unknown disse...

Realmente, tema complicado...Já até concordei com a frase de Corneille, mas acredito que cabe melhor uma outra citação "O coração tem razões que a própria razão desconhece" de Pascal, por isso há tanta complexidade, mas pensando melhor o amor ñ tem que ser inimigo da razão, pelo contrário, para ser um amor sadio tem que haver racionalidade.Só que também temos q verificar sobre o que é razão para cada um, é racional perdoar uma traição, por exemplo?Alguns dizem q um amor sincero perdoa, outros acreditam que não...rsss ta vendo a complexidade da coisa

Gustavo Arentz disse...

Sue, acredito que não há resposta única para sua pergunta. A razão de cada um tem aspectos individuais. No seu exemplo, a resposta vai depender de como o indivíduo lhe dá com a situação. Valeu pelo comentário, adorei.