terça-feira, 18 de maio de 2010

Minha Não Religião

Desta vez vou tocar num ponto delicado. Deixo claro de início que não coloco aqui essa postagem com intenção de convencer ninguém, apenas de esclarecer o meu ponto de vista.

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Quando expresso a minha religião, ou melhor, a minha não-religião, normalmente as pessoas tem reações não muito agradáveis. Se eu falasse que sou do islã, do candomblé ou outra religião qualquer, as reações seriam geralmente melhores.

preconceito

Poderia escrever horas sobre o assunto, mas a idéia não é ir contra, mas sim de tornar aceitável meu ponto de vista. Mostrar que o ateísmo não te torna alguém sem moral nem ética, pelo contrário, te faz ser melhor sem ser pela idéia da punição e sim por civilismo, por racionalidade.

estatistica relg contra mortes

Tenho inúmeros vídeos que representam bem o ateísmo, escolhi alguns e espero que tenham a paciência de assisti-los e assim entender melhor o meu pensamento. Seguem os vídeos:

Drauzio Varella fala sobre ser ateu

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Depoimento de Christopher Hitchens - Parte 1

 

Depoimento de Christopher Hitchens - Parte 2

 

Christopher Hitchens - A verdadeira essência do mito de Jesus

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GNT - Sem Fronteiras - Ateísmo

domingo, 16 de maio de 2010

Razão x Amor (por Shari Couto)

Resolvi fazer algo diferente aqui no blog e abri espaço para convidados escreverem. Neste caso, a Shari escreveu sobre o mesmo tema da última postagem com uma nova visão, a dela. Agora é com ela:

o_amor "Se perguntar o que é o amor pra mim 
Não sei responder
Não sei explicar"

Arlindo Cruz

Essa sempre foi uma questão para mim, e foi devido aos muitos fracassos amorosos, que resolvi pensar de que forma as pessoas lidam com isso que é um sentimento, e que por mais que se pense a respeito você só pode, perdoe-me a redundância, sentir.

Não sei exatamente em que momento da história perdemos essa confiança no sentir. Um grande passo foi o "Penso, logo existo", que acabou por excluir todas as outras possibilidades de se reconhecer como ser humano diferentes da razão. Não nego que a razão seja importante, o que me incomoda é o fato de fazermos dela o único modo certo de analisar as coisas. É como se a razão fosse "DEUS" e todas as outras formas de contato com o mundo (sentimentos, percepções, sensações...) devessem seguir à sua imagem e semelhança.

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Mas o amor não segue, e por mais que existam fórmulas de conquistas, manuais de relacionamentos e gente explicando o que fazer para o amor dar certo, não tem uma regra. Pelo menos comigo, o amor quando chega acaba com todos os conceitos pré-formulados, com todas as dicas das amigas sobre o que pode e o que não pode fazer. É claro que não esqueço o que aprendi com os relacionamentos anteriores, só que me permito viver novamente como se fosse a primeira vez. Sábio Paulinho Moska quando diz: "Tudo novo de novo, vamos nos jogar de onde já caímos". Pois é exatamente o que eu faço. Deixo de lado a razão? Não, mas dou menos importância. Deixo pra racionalizar no momento de dor, que aí sim dá pra fazer uma análise de erros e acertos, pois com certeza algo está errado. Ninguém quer sofrer! Mas partir do início, aquele momento maravilhoso em que o outro é uma multiplicidade de sensações, de encantamentos, de descobertas, já pensando, analisando e visualizando o que pode vir a dar errado. Não isso eu não quero!

Sei que vivemos em uma sociedade sob a égide da razão e nem tenho a pretensão de nadar contra a corrente. Mas existe uma impossibilidade de amar racionalmente, o amor é um sentimento, é algo mais primitivo, mais instintivo, e é também uma ótima oportunidade de apreender e mostrar (se mostrar) além das aparências.

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Então está lançado o desafio, vamos amar! Sem pudores, sem mas, sem achar que estamos perdendo tempo, sem pensar demais. Quando seu coração bater um pouquinho mais forte pelo outro, deixa a razão um pouco de lado e se entrega, pelo menos uma vez pra tentar, pra ver no que vai dar... e se não der certo, voltamos à razão, às vezes ela ajuda a diminuir o sofrimento, senão procura outro amor que cura!

 

Façamos - Elza Soares e Chico Buarque (Composição: Cole Porter, versão de Carlos Rennó)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Razão x Amor

Em algumas ocasiões coloquei no meu Orkut a seguinte frase de Pierre Corneille (dramaturgo francês): “A razão e o amor são inimigos jurados” e todas as vezes que fiz, recebi diversas mensagens concordando. Resolvi então pensar mais sobre o assunto.

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Vamos as definições conforme o amigo Aurélio:

amor:

s.m. Afeição viva por alguém ou por alguma coisa: o amor a Deus, ao próximo, à pátria, à liberdade. / Sentimento apaixonado por pessoa do outro sexo: as mulheres inspiram amor. / Inclinação ditada pelas leis da natureza: amor materno, filial. / Paixão, gosto vivo por alguma coisa: amor das artes. / Pessoa amada: coragem, meu amor! / Zelo, dedicação: trabalhar com amor. // Amor platônico, amor isento de desejo sexual. // Por amor de, por causa de. // Pelo amor de Deus, expressão que dá ênfase a um pedido: não faça isso, pelo amor de Deus!

razão:

s.f. Mente ou uma função usada para pensar. &151; Por exemplo, pedimos a alguém que use sua razão e não suas emoções. / Prova para uma crença, opinião ou juízo. &151; Exemplificando, exigimos a razão para que uma pessoa creia que alguém é um ladrão. / Faculdade que permite o processo para se chegar a uma decisão ou conclusão, o raciocínio. &151; Como exemplo, dizemos que o júri estava raciocinando corretamente quando decidiu que o réu era culpado.

Tema complicadíssimo! Começando pelo “o que é o amor?”. O Dicionário explica o que é palavra, mas não consegue exprimir suas causas, seu efeitos e suas características. Se eu perguntar para várias pessoas, cada uma terá uma resposta diferente.

No meu conceito, existe uma razão por trás do amor, complexa, cheia de variáveis, mas existe. Primeiro que ele tem uma porta de entrada chamada paixão, baseada em primeiras impressões, isto é, fisionomia, cheiros, carisma, jeitos e etc. Com o tempo, isso pode, ou não, migrar para o amor, um sentimento mais profundo onde a pessoa se doa a outra, divide alegrias e tristezas, aceita diferenças, traçam juntos objetivos e tais.

Agora, como se dá essa migração? Esse início do amor? Tem como racionalizar isso?! Claro que tem, mas dentro dessa racionalidade existe a variável emocional, existe o desejo. Na maioria das pessoas, essa variável tem muito peso e é colocada acima de tudo mais, servindo até de justificativa para cometer loucuras.raz_o_e_cora_o

Dar muito peso ao sentimento, faz com que diferenças sejam negadas, diferenças que mais tarde vão abalar suas emoções e causar danos grandes ao amor. Deve-se sim ponderar mais aspectos para firmar uma relação de forma que não se construa um amor auto destrutivo.

O amor é racional, mas é uma racionalidade com probabilidade múltiplas. Suas variáveis oscilam e precisam de uma base forte pra não se destruir. Não há fórmula, mas existem precauções, tome-as e evite sofrimentos futuros.

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Amor e razão não são inimigos jurados, pelo contrário, a razão pode salvar o amor!

“Há sempre alguma loucura no amor, mas há sempre um pouco de razão na loucura” Nietzsche

Pra não perder o costume, segue um videozinho (ver após 3,5 minutos) e desculpe se não me fiz entender muito bem. É difícil expor exatamente o que penso.

Luiz Felipe Pondé